segunda-feira, 3 de maio de 2010


Santa IZILDINHA,



Maria Izilda de Castro Ribeiro morreu de leucemia em 1911, na cidade portuguesa de Guimarães.


Tinha 13 anos de idade. Cumpriu uma trajetória curiosa até se tornar a Menina Izildinha, fenômeno da fé popular no interior de São Paulo, onde seu corpo está enterrado hoje.


O mito começou a consolidar-se em 1950, quando um dos irmãos de Izilda, Constantino de Castro Ribeiro, resolveu tentar a vida no Brasil.


Na mudança, trouxe os restos mortais da irmã.


A exumação produziu espanto. Conta a lenda que, quase 40 anos depois da morte, o corpo de Izildinha estava intacto, coberto de flores ainda viçosas.


O primeiro destino do cadáver no Brasil foi a capital paulista, onde o culto teve início. O túmulo tornou-se ponto de peregrinação e centenas de graças lhe foram atribuídas. Constantino, o irmão da "santa", lucrou com a veneração. Em 1958, já se tornara um próspero negociante, com título de comendador.


Foi nesse período que propôs transferir Izildinha para Monte Alto, a 350 quilômetros de São Paulo. Lá, planejava abrir uma indústria de alimentos. A cidade recebeu-o com entusiasmo. Com o dinheiro arrecadado no lugar, ergueu-se um mausoléu.


A comunidade portuguesa da região foi além: doou a Constantino terrenos para sua indústria. O culto a Izildinha se expandiu.Na década de 60, o mito tornou-se alvo de disputa judicial. Depois de se desfazer da fábrica em Monte Alto, Constantino tentou remover a santinha da cidade.


Queria trazê-la de volta para São Paulo. O impasse foi resolvido em 6 de maio de 1964, pelo Tribunal de Alçada. O corpo foi incorporado ao patrimônio de Monte Alto.


Magoado, o comendador nunca mais voltou à cidade.

Está enterrado no cemitério São Paulo, no jazigo que mandara construir especialmente para a irmã famosa.


Izildinha não é reconhecida pela Igreja, nem os devotos parecem preocupados com isso. O mausoléu não atrai as multidões dos anos 60, mas ainda fica repleto em meados de junho, quando se comemora o aniversário da menina.


Os restos mortais repousam num caixão de chumbo e não podem ser admirados. Mas a lenda do corpo intacto resiste. Luís Antônio Guimarães, ex-administrador do mausoléu, conta que abriu o caixão há dez anos para executar alguns reparos. "O corpo continua lá, perfeito", garante, com olhos de assombro.


Oração à Menina Izildinha


Menina Izildinha, anjo do Senhor, minha bondosa irmãzinha. Junto a Vós faço humildemente meu pedido cheia de devoção e Fé, para que me concedas a Graça de ... (fazer o pedido). Que o Pai, seu Divino Filho Jesus e Maria vos cubram de benção e poder para que possais diminuir o sofrimento a todo aquele que invoque o vosso abençoado Nome. Prometo pagar-vos com boa Fé e crença no Pai, em Jesus, em Maria e em Vós. Serei resignado ás provações que sejam impostas por Deus como remissão das minhas faltas. Tornar-me-ei despido de vaidade, de orgulho e de inveja como estarei sempre pronto a perdoar o mal que de outros receba e dedicar fraternal amor ao próximo. Que o Pai favoreça a saúde e felicidade de meu lar. Que pelo trabalho honesto do meu esforço obtenha o necessário para a minha manutenção e de meus entes queridos. Que o Pão ganho assim com o suor de meu rosto não baste só para o nosso lar, mas sim sobre para que possamos repartir com os verdadeiros pobres e necessitados que encontramos em nosso caminho ou batam à nossa morada em busca de auxílio. Rezar um Pai Nosso e uma Ave-Maria.


Nenhum comentário: