Santa IZILDINHA,
Maria Izilda de Castro Ribeiro morreu de leucemia em 1911, na cidade portuguesa de Guimarães.
Tinha 13 anos de idade. Cumpriu uma trajetória curiosa até se tornar a Menina Izildinha, fenômeno da fé popular no interior de São Paulo, onde seu corpo está enterrado hoje.
O mito começou a consolidar-se em 1950, quando um dos irmãos de Izilda, Constantino de Castro Ribeiro, resolveu tentar a vida no Brasil.
Na mudança, trouxe os restos mortais da irmã.
A exumação produziu espanto. Conta a lenda que, quase 40 anos depois da morte, o corpo de Izildinha estava intacto, coberto de flores ainda viçosas.
O primeiro destino do cadáver no Brasil foi a capital paulista, onde o culto teve início. O túmulo tornou-se ponto de peregrinação e centenas de graças lhe foram atribuídas. Constantino, o irmão da "santa", lucrou com a veneração. Em 1958, já se tornara um próspero negociante, com título de comendador.
Foi nesse período que propôs transferir Izildinha para Monte Alto, a 350 quilômetros de São Paulo. Lá, planejava abrir uma indústria de alimentos. A cidade recebeu-o com entusiasmo. Com o dinheiro arrecadado no lugar, ergueu-se um mausoléu.
A comunidade portuguesa da região foi além: doou a Constantino terrenos para sua indústria. O culto a Izildinha se expandiu.Na década de 60, o mito tornou-se alvo de disputa judicial. Depois de se desfazer da fábrica em Monte Alto, Constantino tentou remover a santinha da cidade.
Queria trazê-la de volta para São Paulo. O impasse foi resolvido em 6 de maio de 1964, pelo Tribunal de Alçada. O corpo foi incorporado ao patrimônio de Monte Alto.
Magoado, o comendador nunca mais voltou à cidade.
Está enterrado no cemitério São Paulo, no jazigo que mandara construir especialmente para a irmã famosa.
Izildinha não é reconhecida pela Igreja, nem os devotos parecem preocupados com isso. O mausoléu não atrai as multidões dos anos 60, mas ainda fica repleto em meados de junho, quando se comemora o aniversário da menina.
Os restos mortais repousam num caixão de chumbo e não podem ser admirados. Mas a lenda do corpo intacto resiste. Luís Antônio Guimarães, ex-administrador do mausoléu, conta que abriu o caixão há dez anos para executar alguns reparos. "O corpo continua lá, perfeito", garante, com olhos de assombro.
Oração à Menina Izildinha
Menina Izildinha, anjo do Senhor, minha bondosa irmãzinha. Junto a Vós faço humildemente meu pedido cheia de devoção e Fé, para que me concedas a Graça de ... (fazer o pedido). Que o Pai, seu Divino Filho Jesus e Maria vos cubram de benção e poder para que possais diminuir o sofrimento a todo aquele que invoque o vosso abençoado Nome. Prometo pagar-vos com boa Fé e crença no Pai, em Jesus, em Maria e em Vós. Serei resignado ás provações que sejam impostas por Deus como remissão das minhas faltas. Tornar-me-ei despido de vaidade, de orgulho e de inveja como estarei sempre pronto a perdoar o mal que de outros receba e dedicar fraternal amor ao próximo. Que o Pai favoreça a saúde e felicidade de meu lar. Que pelo trabalho honesto do meu esforço obtenha o necessário para a minha manutenção e de meus entes queridos. Que o Pão ganho assim com o suor de meu rosto não baste só para o nosso lar, mas sim sobre para que possamos repartir com os verdadeiros pobres e necessitados que encontramos em nosso caminho ou batam à nossa morada em busca de auxílio. Rezar um Pai Nosso e uma Ave-Maria.
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